26 de junho de 2013

Origem, História e Destino de Satanás


Origem, História e Destino de Satanás

“A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que a princípio se iniciou no Céu até o final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus.

O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigénito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30.

O Pai operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais. "N´Ele foram criadas todas as coisas, ... sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele." Col. 1:16. Os anjos são ministros de Deus, radiantes pela luz que sempre flui de Sua presença, e rápidos no voo para executarem Sua vontade. Mas o Filho, o Ungido de Deus, "a expressa imagem de Sua pessoa" (Heb. 1:3), o "resplendor da Sua glória" (Isa. 66:11), "sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Heb. 1:3), tem a supremacia sobre todos eles. "Um trono de glória, posto bem alto desde o princípio" (Heb. 1:3 e 8), foi o lugar de Seu santuário; "cetro de equidade" é o cetro de Seu reino. Jer. 17:12. "Glória e majestade estão ante a Sua face, força e formosura no Seu santuário." Sal. 96:6. "Misericórdia e verdade" vão adiante do Seu rosto. Sal. 89:14.”

Patriarcas e Profetas, p.34

1.   Pecou alguém mais além da família humana?

Rª: “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo.” 2ª Pedro 2:4

2.   Qual é o nome daquele que induziu os anjos ao pecado?

Rª: “Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” Mateus 25:41.

3.   Por que outros nomes é o diabo conhecido?

Rª: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamado o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo.” Apocalipse 12:9. Ver também Isaías 14:12, onde é chamado “Lúcifer.”

4.   Qual era o estado de Satanás, ao ser criado?

Rª: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniquidade em ti.” Ezequiel 28:15.

5.   Que descrição dele faz o profeta Ezequiel?

Rª: “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardónia, topázio, diamante, turquesa, ónix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.” Ezequiel 28:12-14.

Nota: Deduz-se daí que, antes da queda, Satanás era um anjo elevado e exaltado, supremo em sabedoria e beleza. A referência aos seus “tambores” e “pífaros” parece indicar que era corista do Céu e dirigia os cânticos da hoste angélica. No santuário terrestre o querubim cobria o propiciatório. Êxodo 25:16-22; Heb. 9:3-5; Salmo 99:1.

6.   Que espírito maligno e ambicioso se apossou de Satanás, levando-o a cair?

Rª: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías 14:13,14.

7.   Concorreu o orgulho para a sua queda?

Rª: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.” Ezequiel 28:17

8.   Que diz Salomão proceder a destruição e a queda?

Rª: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Provérbios 16:18.

9.   Como descreve o profeta Isaías a queda de Satanás?

Rª: “Como caíste do Céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” Isaías 14:12

10.              Por que foi Satanás deposto da sua elevada posição?

Rª: “Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.” Provérbios 28:16

Nota: O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, numa multidão vasta, inumerável - "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apoc. 5:11), estando os mais exaltados anjos, como ministros e súbditos, a regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigénito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e dos seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor.

Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e, prostrando-se diante d´Ele, extravasaram o seu amor e adoração.

Lúcifer curvou-se com eles; mas em seu coração havia um conflito estranho, violento. A verdade, a justiça e a lealdade estavam a lutar contra a inveja e o ciúme. A influência dos santos anjos pareceu por algum tempo levá-lo com eles. Ao ascenderem os cânticos de louvores, em melodiosos acordes, avolumados por milhares de alegres vozes, o espírito do mal pareceu subjugado; indizível amor fazia fremir todo o seu ser; em concerto com os adoradores destituídos de pecado, expandia-se-lhe a alma em amor para com o Pai e o Filho. De novo, porém, achou-se repleto de orgulho por sua própria glória. Voltou-lhe o desejo de supremacia, e uma vez mais condescendeu com a inveja a Cristo. …

Deixando seu lugar na presença imediata do Pai, Lúcifer saiu a difundir o espírito de descontentamento entre os anjos. Ele agia em misterioso segredo, e durante algum tempo escondeu seu propósito real sob uma aparência de reverência para com Deus. Começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente. ... A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi representada como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se, tinha também direito à reverência e à honra. ... A inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio. Muitos dos anjos, contudo, ficaram cegos pelos enganos de Lúcifer.

Decisão – Senhor, num mundo que Te ignora na sua ânsia por posses e prazeres, mantém-me concentrado na Tua presença viva.

José Carlos Costa, pastor