28 de setembro de 2010

A FÉ VITORIOSA

VENCEDORES: 2009 ( VENCEDORES :: Olimpíadas de Química+)
Ouro: Bruno Tiago Lopes Carneiro Devesa - Colégio Internato dos Carvalhos
Prata: Gonçalo Vitorino Bonifácio - ES José Saramago(Mafra)
Bronze: David Armando de Oliveira Pinto - Colégio Internato dos Carvalhos
Prémio “Melhor Escola” (distingue a instituição com o melhor conjunto de resultados dos seus 3 participantes): Colégio Internato dos Carvalhos

Medalha de Prata nas Olimpíadas Ibero-Americanas: Diogo Manuel Santos Teixeira - Colégio Cedros
Duas Medalhas de Bronze nas Olimpíadas Ibero-Americanas: Francisco Diogo Ferreira - Colégio Cedros e Leandro Tiago Marques - ES Sousa Basto (Oliveira de Azeméis)
Menção Honrosa nas Olimpíadas Ibero-americanas: João Luís Sousa - ES Domingos Sequeira (Leiria)
“Com este signo vencerei!” Moto de Constantino.

1. Que se declara ser a fé e quão necessária é?
Rª: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. ... Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11:1,6.
Nota: “que se esperam”, ou seja, a herança prometida que possuirão os redimidos quando Cristo volte. A fé não é uma crença abstracta baseada em “possibilidades”, mas uma certeza que foi estabelecida por Deus e confirmada no coração/mente por uma convicção de que Deus cumpre as Suas promessas. Pode ser que nunca tenhamos visto o dínamo que produz a electricidade que nos ilumina, mas a presença da electricidade é uma evidência suficiente da existência de um dínamo. Assim também devemos crer que a nossa energia física, mental e espiritual é uma prova da existência de uma Fonte Sobrenatural da vida e de poder.
v. 6, “sem fé”, a falta de fé, ou a ausência da fé (v.1). o Criador é infinito e as Suas criaturas estão absolutamente limitadas, por isso há coisas que devem ser aceites pela fé. Crer exactamente o que Deus diz é o exercício mais elevado que a mente humana é capaz. Não há dúvida de que devemos crer exactamente o que Deus diz para que possamos ocupar perfeitamente o lugar designado para cada um de nós num Universo que será perfeito, pois a compreensão do amor de Deus só é possível cabalmente pela fé. De outro modo é impossível agradar a Deus, ou seja, estar à altura do requerido por Deus. No universo perfeito não haverá lugar para o que não tenha fé n´Aquele que vai governar esse Universo. Se não há Deus, só pode haver temor e ressentimento, e finalmente desespero.
2. De quem procede a fé e qual a sua base?
Rª: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2:8
“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.” Romanos 10:17.
Nota: “a fé é pelo ouvir” (Heb. 11:1), é uma convicção que está ancorada no conhecimento na Palavra de Deus, na mensagem que diz respeito a Cristo; nasceu, viveu entre nós, morreu, ressuscitou, ascendeu aos céus e intercede por nós. Este é o meio para desenvolver uma fé triunfadora, transformadora e permanente, não há substituto para o estudo regular e fervoroso da Bíblia.
3. Em que relação está a fé para o conhecimento?
Rª: “Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.” Heb. 11:3.
Nota: Deus não dependeu de matéria preexistente. Mediante o Seu omnímodo (lat. Omnimodu), “que é de todos os modos ou géneros; ominoforme; que não tem restrições; ilimitado”. Mediante o Seu poder Deus fez aparecer a matéria, consequentemente por esse mesmo poder transmite vida aos seres formados por ela. Antes do amanhecer da chamada Era Atómica, um dos primeiros postulados da ciência era que a matéria era eterna, que não pode ser criada nem destruída; mas os cientistas declaram agora que a matéria e a energia estão interligadas. Então, porque razão seria estranho que um Deus Todo-poderoso tenha criado a matéria do que não existia? O racionalismo continua a ter alguma dificuldade nesta compreensão, não é assim para a fé.
4. Por que principio actua a fé genuína?
Rª: “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.” Gálatas 5:22.
Nota: é digno ter em conta que “fruto” está no singular e “obras” (v.19) está no plural. Só há um fruto o “fruto do Espírito Santo”, e esse único fruto inclui todas as graças cristãs enumeradas nos vs. 22,23. Por outras palavras, todas as graças ou virtudes devem estar presente na vida do cristão, e não se pode dizer que o Espírito Santo falte nelas. Mas há muitas maneiras em que o mal se pode manifestar, basta que se apresente um dos maus traços que se apresentam no vers. 19-21 para que a pessoa seja classificada com os que praticam as “obras da carne”. Necessitam-se de todas as virtudes cristãs para que uma pessoa seja um verdadeiro seguidor de Cristo; mas basta uma só das “obras da carne” para que o que a pratica seja seguidor do maligno.
• Amor – Mateus 5:43,44; 1ª Cor. 13.
• Gozo – Rom. 14:17.
• Paz – João 14:27.
• Paciência – ou “resignação” 1ª Cor. 13:4; 2ª 6:6.
• Benignidade – ou “afabilidade”
• Bondade – quer dizer, rectidão de vida, de motivos e de conduta; Mat. 7:12; 12:33;19:17; João 7:12.
5. Que capítulo da Bíblia é dedicado à fé?
Rª: Hebreus 11, nos versículos 33-38 temos um resumo das vitórias dos heróis da fé.
6. O que nos dá força para sermos vitoriosos com o mundo?
Rª: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” 1ª João 5:4.
7. Qual é o propósito final da fé?
Rª: “A quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.”
Conclusão: “Somos aquilo que acreditamos ser. Nenhuma aptidão, nenhum auxílio, nenhum trenó será capaz de compensar a falta de fé.” Ralph W. Emerson.
“Mediante o conveniente exercício da vontade, pode operar-se em vossa vida uma mudança completa. Entregando a Cristo o vosso querer, aliai-vos com o poder que está acima de todos os principados e potestades. Tereis força do alto para estar firmes e, assim, pela constante entrega a Deus, sereis habilitados a viver a nova vida, a vida da fé.” Caminho a Cristo, p. 48.

21 de setembro de 2010

A ESPERANÇA EM DEUS

“OS três pontos cardiais da vida são: a esperança, que a ilumina; a certeza, em que se apoia; a fé, que a conduz.” J. Souza Marques
“Os raios da esperança chegam sempre através de nevoeiro.” Vasconcelos Jr.
1. Qual é a relação entre a fé e a esperança?
Rª: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.” Hebreus 11:1
Nota: fé, (grego, pístis), “fé”, “esperança”, “confiança”; e também “fidelidade”. Os matizes do significado – fé e fidelidade – estão intimamente ligados em todo o capítulo 11, pois em cada exemplo de fé que é citado, uma atitude de fé foi o que induziu a actos fiéis. A ênfase é sobre os actos fiéis.
• “Firme fundamento”, hupóstasis “essência”, “ser autêntico”, “garantia”, e em sentido mais amplo como é o caso “segurança na confiança” (2ª Cor. 1:22). A fé cega não existe. A fé genuína repousa sobre uma base suficientemente evidente que é garantia da confiança naquilo que ainda não está à vista.
• Hupóstasis era usada nos papiros antigos para referir-se aos documentos legais por meio dos quais uma pessoa demonstrava que uma propriedade era sua. Os documentos não eram a propriedade; os papiros eram a prova da existência da propriedade e a quem pertencia. Portanto, hupóstasis poderia traduzir-se aqui; como “título de propriedade”: “a fé é um titulo de propriedade…”
• O cristão pela fé considera que já possui o que lhe foi prometido. A sua plena confiança n´Aquele que deu as promessas, não o deixam em dúvida no que diz respeito ao cumprimento em devido tempo. Por tanto, a fé capacita o cristão não só a pedir as bênçãos prometidas mas também a recebê-las agora. A herança prometida converte-se deste modo numa possessão presente. Os bens prometidos não nos deixam só com os sonhos que se cumprirão no futuro, mas vivem-se como uma viva realidade presente. Para os olhos da fé torna-se visível o que de outro modo seria invisível.
2. Por que foram escritas as Escrituras?
Rª: “Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.” Romanos 15:4.
Nota: Deus foi sempre fiel. E Ele inspirou as Escrituras para nosso ensino e desse ensino resulte em consolação; uma viva esperança.
• As Escrituras inspiram esperança, aqueles que têm de suportar o sofrimento, especialmente por causa de Deus. A fé do cristão demonstra-se ao perseverar na confiança e na aflição, no sofrimento ele confirma a sua esperança.
3. Em que se transforma a esperança para o cristão?
Rª: “A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; Hebreus 6:19
Nota: “Ancora” – Uma âncora sustem um barco no meio da tormenta e impede que embata contra as rochas. As âncoras às vezes desprendem-se, assim não sucede com a âncora da esperança. Esta é a única passagem da Escritura onde aparece a metáfora da âncora.
E. White diz:
“Falou-lhes também palavras de encorajamento e de esperança. "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho." João 14:1-4. Em vosso benefício vim ao mundo; em vosso favor tenho estado trabalhando. Quando Eu for, ainda trabalharei ardentemente por vós. Eu vim ao mundo para Me revelar a vós a fim de que pudésseis crer. Vou para o Meu Pai e o vosso Pai, para cooperar com Ele em vosso benefício.” Actos dos Apóstolos, p. 22.
4. Que diz o profeta Jeremias ser bom ao homem fazer?
Rª: “Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.” Lamentações 3:26.
5. Que é dito da esperança do hipócrita?
Rª: “Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; a esperança do ímpio perecerá, a sua segurança se desfará, e a sua confiança será como a teia de aranha.” Job 8:13,14.
Nota: Este versículo é a conclusão da parábola que precede. Quando o poder de Deus é abandonado pela pessoa, esta perece como o papiro (ou junco exuberante) aquático. Bildade, está a fazer um juízo de Job, enquanto era próspero não se lembrou de Deus, agora Deus afastou-se e ele (Job) está murcho. A lição é interessante, mas não corresponde à verdade, no caso de Job.
6. O que nos livra da confusão?
Rª: “Por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.” Romanos 5:2,5.
7. Que inspiradoras palavras são dirigidas aos que põem em Deus a sua esperança?
Rª: “Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor.”
Salmo 31:24.
8. Até quando deve perdurar a nossa esperança?
Rª: “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança.” Heb. 6:11
Conclusão: é bom começar mas é melhor terminar. Não importa quão bom seja o começo, será sem valor a menos que continue até ao fim, a promessa de Deus é que “o que começou em vós a boa obra, a aperfeiçoará” (Fil. 1:6). São muitos os que começam mas não terminam.
Deus nos ajude a perseverar até ao fim.

O ARREPENDIMENTO SEGUNDO A BÍBLIA

“Não há nenhuma virtude no nosso arrependimentos, se ele não nos levar a Deus. mero desgosto pelo pecado não nos isenta da desculpa. Pode haver remorso, mas não arrependimento.” Stanley Jones
1. Quem é chamado ao arrependimento?
Rª: “Eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.” Lucas 5:32.
Nota: “Eu não vim”, Jesus ao declarar esta profunda verdade está a esclarecer qual é a Sua verdadeira missão na terra, pelas mesmas palavras está abertamente a chamar hipócritas aos que se consideram “justos”, os fariseus. Se os homens eram pecadores tal como pretendiam os fariseus, a necessidade de serem curados era maior do que a de qualquer outro. Não devia ser a estes que Jesus deveria orientar todos os Seus esforços para os salvar? Se só salvasse os sãos, como poderia ser um verdadeiro Salvador?
2. Qual é a razão de muitos acharem que não são pecadores?
Rª: “Disse-lhes ainda: Bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição.” Marcos 7:9
Nota: Fariseus e cristãos de nascimento, pensam que já herdaram a salvação, para tanto basta-lhes seguir a tradição que herdaram dos pais. Este é um erro que vem do Inferno. E foi isto que Jesus com misericórdia reprovou.
3. Como pode o pecado ser reconhecido?
Rª: “Pela Lei vem o conhecimento do pecado” Romanos 3:20.
4. Quantos são pecadores?
Rª: “Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.” Romanos 3:9.
5. Qual é o aviso da Palavra de Deus?
Rª “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.” Efésios 5:6
6. Qual é a atitude de uma pessoa arrependida dos seus pecados?
Rª: “Que faremos, varões irmãos?” “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” Actos 2:37; 16:30.
7. Quais são as respostas do Livro Inspirado a estas perguntas?
Rª: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados.” “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” Actos 2:38; 16:31.
8. Que será constrangido a fazer o pecador arrependido?
Rª: “Confesso a minha iniquidade; entristeço-me por causa do meu pecado.” Salmo 38:18.
9. Que produz a tristeza segundo Deus?
Rª: “Porque eu confessarei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado.” Salmo 38:18
Nota: o salmista não omite nada sobre o seu pecado. O sofrimento transforma-se em saúde (ver v. 3). Agora satisfação pelo verdadeiro arrependimento. Quantas pessoas há doentes, gravemente enfermas, porque o pecado lhes mina a alma e rouba a paz e alegria de viver? De facto a cura está ao alcance da mão, ir a Deus!
10. Que opera o verdadeira tristeza (pelo pecado) segundo Deus?
Rª: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação” 2ª Coríntios 7:10.
11. Que leva os pecadores ao arrependimento?
Rª: “Ou desprezas tu as riquezas da Sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” Romanos 2:4.

19 de setembro de 2010

A LEI DE DEUS NO VELHO E NOVO TESTAMENTO

I
Não terás outros deuses diante de Mim.
II
Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos.
III
Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão.
IV
Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.
V
Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
VI
Não matarás.
VII
Não adulterarás.
VIII
Não furtarás.
IX
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
X
Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. – Êxodo 20:3-17
“Não violarei a Minha aliança, nem modificarei o que os Meus lábios proferiram.” – Salmo 89:34

Novo Testamento
I
“Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” – Mateus 4:10
II
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” “Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem.” – I João 5:21; Atos 17:29
III
“Para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.” – I Timóteo 6:1
IV
“Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado.” “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado.” “Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera.” “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas.” “Pois, nEle, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra.” – Mateus 24:20; Marcos 2:27 e 28; Hebreus 4:4, 9 e 10; Colossenses 1:16
V
“Honra a teu pai e a tua mãe.” – Mateus 19:19
VI
“Não matarás.” – Romanos 13:9
VII
“Não adulterarás.” – Mateus 19:18
VIII
“Não furtarás.” – Romanos 13:9
IX
“Não dirás falso testemunho.” – Marcos 10:19
X
“Não cobiçarás.” – Romanos 7:7
“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” – Romanos 3:31
“E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.” – Lucas 23:54-56

17 de setembro de 2010

A BÍBLIA UMA REVELAÇÃO DE DEUS

Tendo visto agora que a existência de Deus é um facto estabelecido, um fato mais certo que qualquer conclusão de um arrazoamento formal, porque é o fundamento necessário de toda a razão, passamos à consideração de uma outra matéria. Há agora, e tem havido por séculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bíblia, que professa ser a revelação de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por milhões de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos perguntar, portanto, se este livro é o que ele professa ser e o que ele tem sido e se crê ser por uma multidão de gente, - uma revelação de Deus. Se não é uma revelação de Deus, então os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.
I. É a Bíblia historicamente autêntica?
Por esta pergunta queremos dizer: É a Bíblia verosímil como um arquivo de factos históricos? Há mais ou menos um século críticos sustentaram ser a Bíblia inverosímil como história. Disseram que os quatro reis mencionados em Génesis 14:1 nunca existiram e que a vitória dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita neste capítulo, nunca ocorreu. Negaram que um tal povo como os hititas tenha existido. Sargão, mencionado em Isaías 20:1 como rei da Assíria, foi considerado como uma personagem mitológica. Mas como é agora? Podemos dizer hoje, após se fazerem extensas investigações concernentes às nações antigas, que nem um só ponto da Bíblia fica refutado. As orgulhosas afirmações para denegrir a Bíblia e o Seu Autor, só provam uma ousadia que tem por fundamento uma certa ignorância.
O Prof. A. H. Sayce, um dos mais eminentes dos arqueólogos, diz: "Desde a descoberta das tábuas de Tel el-Amarna até agora, grandes coisas foram trazidas pela arqueologia e cada uma delas confirma a Bíblia. Devo também dizer, que muitas destas descobertas são destruidoras dos críticos bíblicos”. Há um pouco mais de uma década a United Press irradiou o testemunho de A. S. Yahuda, primeiramente professor de História Bíblica na Universidade (HISTÓRIA BÍBLICA) de Berlim e mais tarde da língua semítica na Universidade de Madrid no sentido que "toda a descoberta arqueológica da Palestina e Mesopotâmia do período bíblico revela a exactidão histórica da Bíblia ".
II. É a Bíblia revelação de Deus?
Estamos agora na consideração de uma outra questão. Um livro historicamente correcto podia ser de origem humana. É isto verdade em relação à Bíblia?
1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE.
Um pensamento cuidadoso, á parte da questão se a Bíblia é a revelação de Deus, convencerá qualquer crente bem intencionado da existência de Deus de que é altamente provável que Deus deu ao homem uma revelação escrita explícita e duradoura da vontade divina. A consciência do homem informa-o da existência da lei. Como foi bem dito: "A consciência não estabelece uma lei, ela adverte da existência de uma lei." (Diman, Theistic Argument).
Quando o homem tem o senso comum de que está procedendo mal, ele tem a indicação de que transgrediu alguma lei. Quem mais, fora de Jeová, cuja existência achamos ser um fato estabelecido, poderia ser o autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus como sendo bom, ele deve pensar do propósito de Sua lei como sendo bom. Portanto, não podemos pensar desta lei como sendo para o mero propósito de condenação. Deve ser que esta lei é para a disciplina do homem em justiça. Devemos também concluir que Deus, sendo mostrado ser sábio por Suas maravilhosas obras, usaria dos meios mais eficazes para a execução do seu propósito por meio da lei. Isto é forte argumento da revelação escrita, porque qualquer grau notável de obediência a uma lei justa é impossível ao homem sem conhecimento dessa lei. A natureza e a razão são incertas, indistintas, incompletas e insuficientes para tal propósito.
Mais ainda, E. Y. Mullins diz: "A mesma ideia de religião contém no seu âmago a ideia de revelação. Nenhuma definição de religião que omite essa outra ideia pode permanecer à luz dos fatos. Se o fiel fala a Deus e Deus fica em silêncio ao fiel, temos somente um ângulo da religião e a religião torna-se uma casuística sem sentido" (The Christian Religion in its Doctrinal Expression).
2. UMA PRESUNÇÃO RAZOÁVEL
"Se a Bíblia não é o que o povo cristão do mundo pensa ser, então temos nas nossas mãos o tremendo problema de dar conta da sua crescente popularidade entre a grande maioria do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a oposição concebível" (Jonathan Rigdon, Science and Religion).
Grandes esforços se fizeram para destruir a Bíblia como nunca antes se produziram para a destruição de qualquer outro livro. Os seus inimigos tentaram persistentemente deter a sua influência. A crítica assaltou-a e o ridículo escarneceu-a. A Ciência e a filosofia foram invocadas para a desacreditar. A Astronomia, no descortinar das maravilhas celestes, pediu-se-lhe alguns factos para anular o relato bíblico, a Geologia, nas suas buscas na terra teve e tem como principal motivo o lançar as suspeitas sobre este Livro.” (J. M. Pendleton, Christian Doctrines). Contudo
"Firme, serena, imutável, a mesma
Ano após ano...
Arde eternamente na chama inapagável;
Fulge na luz inextinguível".
Whitaker.
A Bíblia "levanta-se hoje como uma Fénix do fogo com um ar de mistura de dó e desdém pelos seus adversários, tão ilesa como foram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de Nabucodonosor" (Collet, All About the Bible).
Não é provável que qualquer produção meramente humana pudesse triunfar sobre semelhante oposição como a que se moveu contra a Bíblia.
3. PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A REVELAÇÃO DE DEUS.
(1) As grandes diferenças entre a Bíblia e os escritos dos homens evidenciam que ela não é uma simples produção humana.
Estas diferenças são:
A. Quanto ás suas profundezas e alcances de sentido.
"Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino" (Strong). Podemos apanhar as produções dos homens e ajuntar tudo quanto eles têm a dizer numa só leitura. Mas não assim com a Bíblia. Podemos lê-la repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante sua profundeza de sentido.
B. Quanto ao seu poder, encanto, atracção e frescura perene.
Os escritores bíblicos são incomparáveis no "seu poder dramático", esse encanto divino e indefinível, esse atractivo misterioso e sempre actual que neles achamos em toda a nossa vida como nas cenas da natureza, um encanto sempre fresco. Depois de estarmos deliciados e tocados por essas incomparáveis narrativas em nossa infância remota, elas ainda revivem e afectam as nossas ternas emoções mesmo no declínio grisalho. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na mesma humanidade dessas formas tão familiares e tão singelas" (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor sugere uma comparação entre a história de José na Bíblia e a mesma história no Al-Korão. Outro autor (Mornay) sugere uma comparação entre a história de Israel na Bíblia e a mesma história em Flavio Joséfo. Diz ele que ao ler a história bíblica, os homens "sentirão vibrar todos os seus corpos, mover seus corações, sobrevindo-lhes num momento uma ternura de afecto, mais do que se todos os oradores da Grécia e Roma lhes tivessem pregado as mesmas matérias por um dia inteiro". Diz ele dos relatos de Joséfo, "que se deixarão mais frio e menos emocionado do que quando os achou". Ajunta então: "Que, então, se esta Escritura tem na sua humildade mais elevação, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausência de todo esforço mais encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar qualquer?"
C. Quanto a sua incomparável concisão.
No livro do Génesis temos uma história que fala da criação da terra e de ela ser feita lugar adequado para habitação do homem. Fala da criação do homem, animais, plantas e da sua colocação na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro culto, do primeiro assassínio, do dilúvio, da repopulação da terra, da dispersão dos homens, da origem da presente diversidade de línguas, da fundação da nação judaica e do desenvolvimento e das experiências dessa nação durante uns quinhentos anos; tudo, todavia, contido em cinquenta capítulos notavelmente breves. Comparai agora com isto a história escrita por Joséfo. Tanto Moisés como Joséfo foram judeus, ambos escreveram sobre os judeus, mas Joséfo ocupa mais espaço com a história de sua própria vida do que Moisés consome no arquivo da história desde a criação até ä morte de José. Tomai também os escritos dos evangelistas. "Quem entre nós podia ter sido durante três anos e meio testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado, de um homem como Jesus Cristo; quem podia ter podido escrever em dezasseis ou dezassete curtos capítulos,... a história inteira dessa vida: - do Seu nascimento, o Seu ministério, dos Seus milagres, das Suas pregações, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua ressurreição, de Sua ascensão aos céus? Quem entre nós teria julgado possível evitar de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de uma semelhante vida? Quem entre nós podia ter relatado tanto actos de bondade sem uma exclamação; tantos milagres sem uma reflexão a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma ênfase; tantas fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus discípulos, sem nenhuma supressão; tantos casos de resistência, tanta ignorância, tanta dureza de coração, sem a mais leve desculpa ou comento? É assim que os homens escrevem história? E mais, quem entre nós podia ter sabido como distinguir o que exigia ser dito por alto do que exigia sê-lo em minúcia?" (Gaussen).
(2) A revelação de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter descoberto dá evidência da origem sobre-humana da Bíblia
A. O relato da Criação.
Onde pôde Moisés ter obtido isto, se Deus não lho revelou? "A própria sugestão de ter Moisés obtido sua informação histórica dessas lendas com origem nos caldeus e de Gilgamesh... é simplesmente absurda; porque, interessantes como são, estão de tal modo cheias de asneiras que Moisés teria sido impossível ou a qualquer outro homem, fazer sobressair de tais lendas místicas os registos sóbrios, reverentes e científicos que se acham no livro do Génesis" (Collett).
B. A doutrina dos anjos.
"Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginação do povo, pelos seus poetas, ou pelos seus sábios? Não; nem mesmo mostraram jamais aproximar-se disso. Perceber-se-á, quão impossível foi, sem uma operação constante da parte de Deus, que as narrativas bíblicas, ao tratarem de um tal assunto, não tivessem considerado constantemente a impressão humana demais de nossas acanhadas concepções; ou que os escritores sagrados não tivessem deixado escapar de suas penas toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou afectos humanos demais." (Gaussen).
C. A Omnipresença de Deus.
Representam as seguintes passagens a conclusão da filosofia humana?
"Sou eu um Deus de perto, diz Jeová, e não sou um Deus de longe? Pode alguém esconder-se em lugares secretos de modo que eu não o veja? diz Jeová. Não encho eu o céu e a terra? diz Jeová (Jer. 23:23,24).
"Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me susterá." (Sal. 139:7-10).
Estas passagens e outras na Bíblia ensinam, não o panteísmo, nem que Deus está em diferentes lugares sucessivamente senão que Ele está em toda a parte ao mesmo tempo e contudo separados como Ser fora da Criação. O intelecto desajudado do homem originou esta concepção, vendo que, mesmo quando ele tem sido acomodado, a mente do homem pode compreende-lo só parcialmente?
D. O problema da redenção humana.
Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador do ímpio, teria o homem proposto, como solução, que Deus se tornasse carne e sofresse em lugar do homem?
"Que a criatura culpada fosse salva a custa da incarnação do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens através da morte do Filho de Deus; que o céu se tornasse acessível à população distante da terra pelo sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepções finitas. Mesmo quando a maravilha se tornou conhecida pelo Evangelho, ela excitou o desprezo dos judeus e dos gregos: para os primeiros pedra de escândalo e ofensa, loucura para os últimos. Eram os gregos um povo altamente culto, de intelecto agudo, profundos na filosofia, subtis em arrazoar, mas ridicularizaram a idéia de salvação por meio de um que fora crucificado. Bem podem ser considerados como representando as possibilidades do intelecto humano, o que ele pode fazer; e, tão longe de pretenderem a doutrina cristã da redenção como uma invenção de filósofos, riram-se dela como indigna da filosofia. Rejeitaram os fatos do Evangelho como incríveis, porque pareciam estar em conflito positivo com as suas concepções da razão." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines).
"Como podiam esses livros ter sido escritos por semelhantes homens, em semelhantes ambientes sem auxílio divino? Quando consideramos os assuntos discutidos, as ideias apresentadas, tão hostis não só aos seus prejuízos nativos, mas ao sentimento geral então prevalecente nos mais sábios da humanidade, - o sistema todo de princípios entrelaçados em toda a parte da história, poética e promessa, bem como de insignificantes maravilhas e singulares excelências da palavra; as nossas mentes inclinam-se e reconhecem este Livro de Deus num sentido elevado e peculiar" (Masil Manly, The Bible Doctrine of Inspiration).
(3) A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.
"Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em secções separadas, por centenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos anos, - um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenário se pode dizer isto?" (Manly, The Bible Doctrines of Inspiration).
A Bíblia contém quase toda a forma de literatura, - história, biografia, contos, dramas, argumentos, poética, sátiras e cantos. Foi escrita em três línguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em três continentes. Esteve no processo de composição uns mil quinhentos ou seiscentos anos. "Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um colector de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando assim todas as experiências dos homens." (Peloubet, Bible Dictionary).
Entretanto, a Bíblia está em harmonia em todas as suas partes. Os críticos tem imaginado contradições, mas estas desaparecem como o nevoeiro ao sol matutino quando se sujeitam à luz de uma investigação inteligente, cuidadosa, cândida, justa e simpática. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bíblia:
A. É uma unidade no seu desígnio.
O grande desígnio número um que percorre toda a Bíblia (REVELAÇÃO PROGRESSIVA)é a revelação de como o homem, alienado de Deus, pode achar restauração ao favor e à comunhão de Deus.
B. É uma unidade no seu ensino a respeito de Deus
Cada informação na Bíblia concernente Deus é compatível com todas as outras afirmações. Nenhum escritor contraditou qualquer outro escritor ao escrever sobre o tema estupendo do Deus inefável e infinito!
C. É uma unidade no seu ensino a respeito do homem.
Em toda a parte da Bíblia mostra-se o homem criatura por natureza corrupta, pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redenção.
D. É uma unidade no seu ensino a respeito da salvação.
O meio de Salvação não se fez tão claro no Velho como no Novo Testamento. Mas vê-se prontamente enunciado no Velho por claramente revelado no Novo Testamento. Pedro afirmou que os santos do Velho Testamento salvaram-se exactamente da mesma maneira que os do Novo, Actos 15:10,11. O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificação será tratada no respectivo capítulo.
E. É uma unidade quanto à Lei de Deus.
Um ideal perfeito de justiça está retratado por toda a Bíblia a desrespeito do fato que Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo às necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para prover um meio de escape a alguém lá enlaçado. A descida da escada não visa a um encorajamento ao que está no fundo para deter-se lá, mas vem como meio de encorajamento; de modo que a condescendência da disciplina de Deus no caso de Israel não foi pensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulação do mal com o propósito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei de Deus por causa de adaptações às necessidades dos povos particulares é tão tolo como negar a unidade dos planos do arquitecto pelo facto de ele usar andaimes temporários na execução da obra.
F. É uma unidade revelada de forma progressiva da doutrina.
A verdade toda não foi dada de uma vez na Bíblia. Contudo, há unidade. A unidade no desenrolar progressivo tal como no crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva, depois a espiga e então o grão cheio na espiga" (Marcos 4:28).
A força desta unidade maravilhosa na sua aplicação à questão da inspiração da Bíblia está acentuada por David James Burrell como segue: "Se quarenta pessoas dispares de diferentes línguas e graus de educação musical tivessem de passar pela galeria de um órgão em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de colisão, cada uma delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, dessem o tema de uma sifonia, submeter-se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso como uma "circunstancia fortuita" seria tido por consenso unânime - tristemente falto de senso comum" (Why I Believe The Bible).
(4) A exactidão da Bíblia em matérias científicas (a Bíblia não pretende ser um Manual de Ciência) prova que ela não é de origem humana.
A. A Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural.
Diz-se correctamente que a Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural. Não foi dada para ensinar o caminho que os céus vão, mas o caminho que vai para o céu.
B. Todavia, ela faz referência a matérias científicas.
"Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro esta de tal modo inteira e inseparavelmente ligado com leis e princípios, é inconcebível que este livro de Deus, que confessadamente trata de tudo no universo quanto afecta os mais altos interesses do homem, não fizesse referência alguma a qualquer matéria cientifica; daí acharmos referência acidental a vários ramos da ciência... (Sidney Collett, All About The Bible).
C. E quando a Bíblia faz referência a matérias cientificas, é exactíssima.
A Bíblia não contém os erros científicos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas descobertas dos homens centenas de anos. Nenhum dos seus estatuídos provou-se erróneo. E é somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns deles. Notai as seguintes referências bíblicas a matérias científicas:
(a) A rotundidade da terra. Séculos antes de os homens saberem que a terra é redonda a Bíblia falou do "círculo da terra" (Isaías 40:22).
(b) O suporte de gravitação da terra. Os homens costumavam discutir a questão de que é que sustenta a terra, sendo avançadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra é sustentada pela sua própria gravitação e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material para a terra, a Bíblia declarou que Deus "pendura a terra sobre o nada" (Job 26:7).
(c) A natureza dos céus. A Bíblia fala dos céus como "expansão" e isto estava tão adiante da ciência que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por "firmamento" (Génesis 1; Sal. 19:6), que quer dizer um suporte sólido.
(d) A expansão vazia do Norte. Foi só na metade do século passado que o Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma grande expansão vazia na qual não há uma só estrela visível. Mas antes de três mil anos a Bíblia informou aos homens que Deus "estendeu o Norte sobre o espaço vazio" (Job 26:7).
(e) O peso do Ar. Credita-se Galileu com a descoberta que o ar tem peso, - algo com que os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu a Bíblia disse que Deus fez "um peso do vento" (Job 28:25).
(f) A rotação da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicação de que seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34-36), implicando assim a rotação da terra sobre seu eixo.
(g) O número de estrelas. Hiparco numerou as estrelas em 1002, mas a Bíblia antecipou as revelações do telescópio e classificou as estrelas com a areia na praia (Gén. 22:17).
Comparai agora esses verdadeiros estatuídos científicos com as noções cruas e com os erros grosseiros concernentes ao universo a serem achados em outras velhas teologias, tais como as de Homero, Hesiodo e os códigos dos gregos; também os livros sagrados dos budistas, bramanes e maometanos.
(5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bíblia veio de Deus.
A. A referência profética a Ciro.
Cinquenta anos antes do nascimento de Ciro, Rei, o qual decretou que os filhos de Israel voltassem à sua terra, Isaías falou de Deus como "aquele que disse de Ciro, ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Sê edificada, e ao tempo: Funda-te" (Isaías 44:28).
B. A profecia do cativeiro babilónico. Vide Jer. 25:11.
C. Profecias a respeito de Cristo.
(a) A rotura de Suas vestes. Salmos 22:18. Cumprimento: João 19:23,24.
(b) O fato de os Seus ossos não serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: João 19:36.
(c) Sua traição. Sal. 41:9. Cumprimento: João 13:18.
(d) Sua morte com os ladrões e enterro no túmulo de José. Isaías 53:9. Cumprimento: Mat. 27:38, 57-60.
(e) O Seu nascimento em Belém. Miquéias 5:2. Cumprimento: Mat. 2:1,2; João 7:42.
(f) Sua entrada triunfal em Jerusalém. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mat. 21:1-10; João 12:12-16.
(g) O Seu trespasse. Zacarias 12:10. Cumprimento: João 19:34,37.
(h) Dispersão dos Seus discípulos. Zac. 13:7. Cumprimento: Mat. 26:31.
Há, porém, uma explicação plausível da maravilha da profecia cumprida e essa explicação é que Ele "que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" (Efe. 1:11) moveu a mão do escritor da profecia.
(6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bíblia como uma revelação de Deus.
Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu frequentemente como tal e disse: "A Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35). Ele também prometeu ulterior revelação por meio dos apóstolos (João 16:12,13). Temos assim Sua autenticação do Novo Testamento.
O testemunho de Jesus é de valor único, porque a Sua vida provou-O ser o que Ele professou ser, - a revelação de Deus. Jesus não se enganou; "porque isto arguiria (a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas a Sua vida inteira e carácter exibiram uma calma, dignidade, equilíbrio, introspecção e domínio pessoal totalmente antagónicos com semelhante teoria. Ou arguiria (b) auto-ignorância e auto-exagero que podiam provir apenas da mais profunda perversão moral. Mas a pureza absoluta da Sua consciência, a humildade do Seu espírito, a beneficência abnegada da Sua vida mostram ser incrível esta hipótese". Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a santidade perfeitamente compatível da Sua vida; a confiança não vacilante com a qual Ele desafiava para uma investigação das suas pretensões e arriscava tudo sobre o resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira mentir aos declarados interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepção opera tal bênção ao mundo, - tudo mostra que Jesus não foi um impostor " (A. H. Strong).
III. O que constitui a Bíblia?
Do que já se disse, manifesto é que o autor crê que a Bíblia, revelação de Deus, consiste de sessenta e seis livros do que é conhecido como o Canon Protestante.
Aqui não é necessário um prolongado e trabalhado argumento e nada será tentado. A matéria inteira, tanto quanto respeita aos que crêem na divindade de Cristo, pode ser firmada pelo Seu testemunho.
Notemos:
1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo a revelação escrita que Deus tinha dado até aquele tempo.
Esses livros compunham a "Escritura" (um termo que ocorre trinta e três vezes em o Novo Testamento) aceita pelos judeus. Crê-se que eles foram reunidos e arranjados por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento de Cristo. Não pode haver dúvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhuns outros como constituindo os escritos que Deus inspirou até aquele tempo. Ele citou esses livros na formula: "Está escrito". Ele referiu-se a eles como "Escritura". E Ele disse: "... a Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35).
Por outro lado, nem uma vez Cristo citou ou se referiu aos livros que se acrescentaram ao Cânon Protestante para inteirar o Velho Testamento na Bíblia Católica (Versão Douay). E admiti-se, autoridades católicas, que os judeus do tempo de Cristo não aceitaram os mesmos como inspirados. (Nota adicional: Num Catecismo da Bíblia, escrito pelo "Rev. John O'Brien, M. A.", e publicado pela sociedade Internacional da Verdade Católica, de Brooklyn, à página 10, faz-se esta pergunta sobre esses livros : "Foram os livros adicionados aceitos pelos hebreus?". A resposta dada é: "Não, os hebreus recusaram-se a aceitar esses livros adicionais.") O Cânon Protestante do Velho Testamento é o cânon aceito pelo povo escolhido de Deus e pelo Filho de Deus, bem como pelos Apóstolos.
2. Cristo também prometeu uma revelação ulterior além mesmo de tudo que Ele tinha ensinado.
Em João 16:12,13 achamos Cristo falando aos apóstolos como segue: "Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Não obstante, quando Ele, o Espírito de verdade vier, guiar-vos-á em toda a verdade; porque Ele não falará de Si mesmo, mas falará tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir".
Ainda mais: Cristo constituiu aos apóstolos um corpo de mestres infalíveis quando em Mat. 18:18 disse: "Na verdade vos digo: o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligada no céu". "Ligar" quer dizer proibir, isto é, ensinar que uma coisa está errada. "Desligar" é consentir, sancionar, ensinar que uma coisa está certa. Assim Cristo prometeu sancionar no céu o que quer que os apóstolos ensinaram na terra. João 20:22,23 é da mesma importância.
No Novo Testamento temos esta revelação ulterior que Cristo deu por meio do Seu corpo infalível de mestres. Os poucos livros não escritos pelos apóstolos receberam o seu lugar no cânon, evidentemente, porque os apóstolos os aprovaram. De qualquer maneira, o seu ensino é o mesmo como o dos demais livros do cânon.
No Novo Testamento veio a existir da mesma maneia que o Velho, isto é, o cânon foi determinado pelo consenso de opinião da parte do próprio povo de Deus. O facto que Deus deu e conservou uma revelação infalível da velha dispensação argue que Ele fez o mesmo com referência ao Novo.
IV. É a Bíblia final como revelação de Deus?
A finalidade da Bíblia está sendo rejeitada hoje a favor de uma revelação que está ainda em processo. Esta ideia é adoptada por aqueles que estão contaminados de modernismo. Ninguém que crê na divina inspiração da Bíblia adoptará esta ideia. Devemos voltar a Cristo concernente à inspiração dos escritores apostólicos, o qual não nos dá nenhuma garantia em pretender que esta inspiração se estendeu além dos Apóstolos. Que ensinos, não contrários ao Novo Testamento, podem os crentes da revelação progressiva indicar como tendo sido revelados desde os tempos apostólicos? O Novo Testamento é manifestamente completo e final.

14 de setembro de 2010

AS TÁBUAS DA LEI: QUAL ERA O MATERIAL?

Introdução: Safira (Beleza) no original.
Há também safiras que mudam de cor, apresentando uma cor azul sob a luz do sol e uma cor púrpura sob a luz artificial. Esta variedade de cores deve-se às impurezas na safira. A safira pura é transparente. Traços de ferro e titânio dão a coloração azulada.

O maior centro de lapidação é a Índia.
A safira situa-se entre as gemas mais valiosas, embora já tenha havido época em que era usada apenas em mecanismos de relógio.
Por tratamento térmico, a safira pode ficar tanto mais clara quanto mais escura. A amarela fica incolor e a violeta fica rósea. Usam-se temperaturas entre 1.500 °C e 1.800 °C, em forno elétrico, em ambiente com oxigénio ou não, e o processo demora de duas horas a três dias. Safiras praticamente incolores do Sri Lanka podem ficar bem azuis.
A maior safira já encontrada tinha mais de 200 g no estado bruto e foi achada em Ratnapura, Myanmar (antiga Birmânia). Das gemas lapidadas, a maior de todas é a "Estrela da Índia", com 575 ct (ou 563 ct, segundo outras fontes), que está no Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. O anel de casamento de Lady Diana Spencer com Carlos, Príncipe de Gales era um anel de safira.
1. Deut. 10: 1-5.
2. Êxodo 20:1-17. Dez Mandamentos

"Deus é amor." I João 4:8. Sua natureza, Sua lei, são amor. Assim sempre foi; assim sempre será. "O Alto e o Sublime, que habita na eternidade", "cujos caminhos são eternos", não muda. N´Ele "não há mudança nem sombra de variação".
“Toda manifestação de poder criador é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados.” Patriarcas e Profetas, p. 33

Diz o salmista:
"Forte é a Tua mão, e elevada a Tua destra.
Justiça e juízo são a base de Teu trono;
Misericórdia e verdade vão adiante do Teu rosto.
Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo:
Andará, ó Senhor, na luz da Tua face.
Em Teu nome se alegrará todo o dia,
E na Tua justiça se exaltará.
Pois Tu és a glória da sua força. ...
Porque o Senhor é a nossa defesa,
E o santo de Israel o nosso Rei." Sal. 89:13-18.
“A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que a princípio se iniciou no Céu até o final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus.” Patriarcas e Profetas, p. 33

3. Êxodo 24:10-12. (v.17)
“Deviam agora tomar-se disposições para o amplo estabelecimento da nação escolhida, sob a direcção de Jeová como seu Rei. Moisés havia recebido a ordem: "Sobe ao Senhor, tu e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos de longe. E só Moisés se chegará ao Senhor." Esses homens escolhidos foram chamados ao monte, enquanto o povo adorava junto ao mesmo. Os setenta anciãos deviam ajudar a Moisés no governo de Israel, e Deus pôs sobre eles Seu Espírito, e honrou-os dando-lhes uma visão de Seu poder e grandeza. "E viram o Deus de Israel, e debaixo de Seus pés havia como uma obra de pedra de safira, e como o parecer do céu na sua claridade." Não viram a Divindade, mas viram a glória de Sua presença. Antes disso não poderiam ter suportado tal cena; mas a exibição do poder de Deus, infundindo-lhes temor, levou-os ao arrependimento; estiveram a contemplar Sua glória, pureza e misericórdia, até que puderam aproximar-se mais dAquele que era o objecto de suas meditações.” Patriarcas e Profetas, p. 312
v. 17 Fogo abrasador. É significativo o contraste entre a nuvem que oculta Moisés (v.18) em bem-aventurado companheirismo e comunhão com o Seu Criador o “fogo abrasador”. Os que caminham como Moisés caminham nos caminhos de Deus têm a certeza da Sua protecção e segurança estão sob o abrigo do Omnipotente (Salmo 91:1,2).
* Os que se afastam da senda da justiça não encontram nem consolo nem segurança mas a justiça e a retribuição, pois Deus será para eles como “fogo consumidor” Heb. 12:25,29.
4. Ezequiel 1:26
4.1 v. 26 – A figura do trono de Deus – este é o clímax supremo da visão dada a Ezequiel. A maior glória foi reservada para final. Por cima da cabeça dos serafins “no firmamento” o lugar mais elevado (Isaías 14:12-14) havia uma semelhança de trono, co aparência de safira; à semelhança do trono, sobre o trono como que a semelhança de um homem no alto.
4.2 Ezequiel 10:1
Querubins – keubim – corresponde a seres viventes, na teologia hebraica, um querubim era um ser de natureza sublime e celestial, de forma humana, mas com asas. Os querubins que guardavam a porta do paraíso (Gén. 3:24). As figuras que estavam sobre o propiciatório, tanto no tabernáculo como no templo de Salomão são chamados querubins (Êxodo 25:18; 1ª Reis 6:23; 1ª Samuel 4:4M 2ª Samuel 22:11). Eles representam a presença de Deus, a protecção de Deus, o Deus como santo e imutável.
5. Êxodo 32:16.
“E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas.”
6. Números 15:38-41.
“franjas nas bordas das vestes” os levitas que levavam a Arca dos Dez Mandamentos tinham a parte de baixo das suas vestes em azul. (v. 39) para que ao serem vistos o povo devia recordar-se constantemente que era povo que pertencia a Deus e que deviam seguir os princípios que lhes tinha transmitido.
v. 40 “para seres consagrados” serem santos.
v. 41 “eu sou o Senhor que vos tirou da terra do Egipto, “para ser o vosso Deus” os mandamentos são o sinal de que são pertença do Deus do céu, Deus do azul.

7. O segundo fundamento do muro da Nova Jerusalém, descrita por S. João é de pedras de safira Apocalipse 21:19
Conclusão: de que pedra eram os Dez Mandamentos?

CONFISSÃO E PERDÃO

Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão acrescentado ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu carácter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. O Senhor declara pelo profeta Isaías: "Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados Me não lembro." Isa. 43:25. – Cristo em Seu Santuário, p.113.
Tenho na memória um pensamento que diz o seguinte: “Todo o homem (ou mulher) que reconhece e confessa ter pecado ele (a) livra-se do próprio pecado, como uma serpente, da sua velha pele”.
1. Qual é a instrução divina concernente à confissão do pecado?
Rª: “Disse mais o Senhor a Moisés: Diz aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher pecar contra o seu próximo, transgredindo os mandamentos do Senhor, e tornando-se assim culpado, confessará o pecado que tiver cometido.” Números 5:6,7..
Nota: O pecado contra o próximo era considerado a Pessoa de Deus e, portanto, requeria a apresentação de um sacrifício tanto na restituição a favor da pessoa prejudicada. Ainda que seja possível pecar contra Deus sem que isto implique prejudicar o próximo, não é possível pecar contra o homem sem cometer pecado contra Deus.
2. Quão fútil é procurar esconder o pecado?
Rª: “Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de atingir.” Números 32:23 (Sal. 90:8; Heb. 4:13).
3. Quão exactos deveríamos ser na confissão dos nossos pecados?
Rª: “Deverá, pois, quando for culpado numa destas coisas, confessar aquilo em que houver pecado.” Levíticos 5:5
Nota: é culpado e sabe que o é. Não é suficiente uma confissão geral ou generalizar. Deve “confessar aquilo em que pecou”. Nenhuma outra confissão servirá. A confissão verdadeira tem sempre carácter específico e faz distinção de pecados. Esses pecados podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas por elas ofendidas; ou podem ser de carácter público, devendo então ser confessadas com a mesma publicidade. Toda a confissão, porém, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais somos culpados.
Ver: 1ª João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
4. Em que medida reconheceu Israel certa vez a sua má forma de proceder?
Rª: “Disse todo o povo a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor teu Deus, para que não morramos; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei.” 1ª Samuel 12:19
5. Que disse David a Deus sobre o seu pecado?
Rª: “Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” Salmo 32:5 (cf. Salmo 51:1; Salmo 86:5; Salmo 103:11)
6. Em que medida perdoa o Senhor quando alguém se arrepende?
Rª: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso em perdoar.” Isaías 55:7
Nota: “Deixe o ímpio”, com quanta frequência, por meio dos Seus mensageiros, Deus exorta os homens a que abandonem a sua vida de pecado e lhes promete perdão (Is. 1:16-19; Jer. 7:3-7; Eze. 18:23,30-32; Mat. 11:28,29; Luc. 24:47; Act. 3:19; 13:38).
7. Qual é a razão dada para a prontidão de Deus em perdoar o pecado?
Rª: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.” Miq. 7:18.
Nota: Miquéias têm aqui uma nota de louvor a Deus pela Sua misericórdia e fidelidade.
8. Porque manifesta Deus tal misericórdia e fidelidade para com os homens?
Rª: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.” 2ª Pedro 3:9
9. Como é revelada esta misericórdia na parábola do filho pródigo (o pai é Deus, o pródigo é o pecador)
Rª: “Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.” Lucas 15:20-24.
10. Há algum pecado que Deus não possa perdoar?
Rª: “Portanto vos digo: Todo pecado e blasfémia se perdoará aos homens; mas a blasfémia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.” Mateus 12:31,32.
Nota: A situação específica a que Cristo faz esta referência é a de um grupos de fariseus que atribui ao diabo (v. 24) o poder do Espírito Santo (ver v. 28), sabendo claramente que a sua acusação era falsa. Esta deliberada recusa da luz tinha-os levado progressivamente a blasfemar “contra o Espírito”. É importante notar que a afirmação feita pelos fariseus surgiu num momento culminante de um longo período de negação das evidências claras de que Jesus era divino, processo que tinha começado quando Jesus nasceu, mas que se intensificou à medida que o Seu ministério de desenvolvia. Quanto mais clara a evidência, mais decididamente se Lhe opunham.
A blasfémia contra o Espírito Santo, ou seja o pecado imperdoável, consiste na resistência progressiva à verdade, e culmina na decisão final de ir contra a mesma. Esta atitude deliberada e consciente em seguir uma conduta que se opõe à vontade divina. A consciência torna-se cauterizada pela resistência contínua às impressões do Espírito Santo. Pode também, simplesmente, pelo facto de conhecendo a verdade nunca tomar a decisão de actuar segundo a vontade de Deus.
A pessoa que sente temor de haja cometido o pecado imperdoável, por esse mesmo temor tem a evidência de que não cometeu tal pecado. Bem se tem dito que a consciência é o olho de Deus na alma do homem.
Conclusão: Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniquidade, e em cujo espírito não há dolo.

12 de setembro de 2010

A ORIGEM DO PECADO

O assunto de hoje é muito interessante. Antes de continuar convido a fazermos uma oração: “Pai do Céu obrigado por tudo o que temos e vamos aprender. Espírito Santo abre a nossa mente à compreensão das coisas santas. Senhor Jesus por favor cobre-nos com a Tua maravilhosa graça, amem.”

Os nossos primeiros textos encontram-se em Génesis 3:1-6
1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.
6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

Qual foi o primeiro teste que Adão e Eva enfrentaram? O que mostrava se eles confiavam o suficiente em Deus para Lhe obedecer. Deus disse-lhes no capítulo 2:16,17 que podiam comer de todos os frutos do jardim menos deste. Deu-lhes tudo o que precisavam para viverem e serem felizes. Tinham todas as provas do Seu amor. Agora a questão era: iriam eles confiar n´Ele o suficiente para Lhe obedecer?

Continua a ser este mesmo teste que todas as pessoas têm enfrentado desde Adão e Eva. A nossa vida diária demonstra ao universo como é que responderemos a esta questão acerca de confiar em Deus.

Vamos ver as coisas como elas são. O diabo não gosta que as pessoas confiem e obedeçam a Deus. Pense nas tentações que o diabo nos coloca e verá que é sempre uma tentação para desobedecer a Deus. Se perguntássemos a Deus o que é que o diabo está a fazer agora para destruir a nossa alma, Ele responderia apenas com uma frase: “O diabo procura que vocês não confiem em mim e me desobedeçam.”

Porque é que o diabo trabalha com tanto afinco para nos levar a desobedecer?
Romanos 6:16 “Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”
Ele quer que sejamos seus servos.

Romanos 6:23 “O salário do pecado é a morte.” Ele quer que morramos.
Aqueles que vencem o diabo devem entender esta verdade. Caso contrário não saberão como fazer um esforço empenhado para vencer. Vamos ver quem é que o diabo ataca nos últimos dias.
Apocalipse 12:17 “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.”
O diabo ataca especialmente os obedientes. Ele quer afugentá-los da sua lealdade a deus.

O que será preciso para permanecer fiel a Deus quando o diabo nos pressiona?
Veja este assunto em POWER POINT (CLICAR)

6 de setembro de 2010

O BAPTISMO CRISTÃO

O baptismo é uma ordenança evangélica em comemoração da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. No baptismo é dado um testemunho público de que o baptizado foi crucificado com Cristo, com Ele sepultado, e ressurgiu para andar em novidade de vida. Só um meio de baptismo pode representar devidamente esses factos da vida, e esse é a imersão – o modo seguido por Cristo e pela Igreja Primitiva.
1. Qual é a ordenança no contexto da Bíblia que se acha ligada à aceitação do Evangelho?
Rª: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15,16.
2. Que relação fez o Apóstolo Pedro entre o Pentecostes e o baptismo?
Rª: “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Actos 2:38
Nota: “Arrependei-vos” – grego metanoéõ, “pensar de uma forma diferente”, ou seja, “mudar a forma de pensar”, “mudar de propósito”. Compreende muito mais do que a confissão do pecado. Do ponto de teológico, a palavra não só implica em mudança de ideias, mas também uma nova direcção na vontade, modificação de propósitos e atitudes. O baptismo tem subjacente a ideia de arrependimento de se ter vivido sem Deus respeitar a vontade de Deus.
3. Que se segue imediatamente ao reconhecimento que se ofendeu Cristo e que é reconhecido como Salvador?
Rª: “Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi baptizado, ele e todos os seus.” Actos 16:31,33.
Nota: “Crê no Senhor Jesus” – As circunstancias não permitiam uma profunda explicação teológica. O carcereiro atemorizado necessitava de instruções concretas para chegar à salvação. A sua situação pode comparar-se aquela do ladrão na cruz (Luc. 23:39-43). Os prisioneiros cristãos ocuparam-se da urgente necessidade do carcereiro. Resumiram os ensinamentos numa fórmula simples para que ele pudesse compreender mais facilmente. Esta fórmula não representava o ensinamento cristão; no entanto, nesse momento quiseram inculcar no suplicante a verdade que a salvação depende de crença pessoal na obra e vida redentora de Jesus Cristo.
4. Qual é o único meio de lavar os pecados?
Rª: “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogénito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados.” Apocalipse 1:5 (cf. Mat. 28:19; Gál. 3:27; Rom. 6:3).
Nota: “pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” – “libertou”, grego lúõ, “soltou”. Ser soltos dos pecados, é ser liberto do castigo e do poder do pecado (ver João 3:16; Rom. 6:16-18,21-22). “pelo seu sangue”, ou por seu sangue, quer dizer pela morte de Cristo na cruz. Foi um sacrifício vicário (Is. 53:4-6).
5. Como descreve a Bíblia o baptismo?
Rª: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo baptismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.” Rom. 6:4,5,8.
Nota: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo baptismo na morte”. O termo “sepultados” do grego suntháptomai, “ser sepultado junto com”. A comparação que é feito pelo Apóstolo Paulo “sepultados” e “baptismo”, demonstra que os primeiros cristãos baptizavam por imersão. Se Paulo estivesse a referir-se a uma outra forma de baptismo que veio a popularizar-se nos séculos posteriores, a analogia usada nestes versículos teria sido inútil e sem sentido.
6. Como foi o baptismo de Jesus?
Rª: 13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.
16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:)
7. Depois que o crente se uniu a Cristo na semelhança da Sua morte e ressurreição, que deve o crente fazer?
Rª: “Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Col. 3.1.
Nota: O Apóstolo Paulo evidencia os privilégios que o crente tem em pertencer ao Salvador; é inútil recorrer a uma religião legalista e rotineira, cheia de praticas e rituais que contrastam com o cristianismo confiante e feliz. O impulso da vontade vitalizado pelo poder de Jesus, deve ser dirigido para as coisas celestiais. Os propósitos e os esforços do homem, já não se centram no mundo, focam-se nas realidades celestes que por antecipação se vivem aqui e agora.
Conclusão:
A verdade presente conduz para a frente e para o alto, agrupando os necessitados, os oprimidos, os sofredores, e os destituídos. Todos os que vierem devem ser levados ao aprisco. Em sua vida deve ocorrer uma reforma que os tornará membros da família real, filhos do celeste Rei. Ao ouvirem a mensagem da verdade, homens e mulheres são levados a aceitar o sábado e unir-se à igreja pelo baptismo. Devem eles levar o sinal de Deus por observarem o sábado da criação. Devem saber por experiência própria que a obediência aos mandamentos de Deus significa vida eterna.

4 de setembro de 2010

O SIGNIFICADO DO SÁBADO

Sábado é um dos temas mais relevantes e significativos das Escrituras. Como “um santuário no tempo”, ele lembre e enaltece a acção criadora e redentora de Deus. mas, lamentavelmente, a observância desta instituição foi sendo ofuscada pela aceitação de ensinos não bíblicos. No período intertestamentário, os mestres do judaísmo revestiram o Sábado de uma forte ênfase legalística. Por sua vez, o cristianismo pós apostólico não mediu esforços para se distanciar desta instituição divina, buscando, por todos os meios possíveis, transferir a santidade do Sábado para o Domingo (cf. Dan. 7:25). Um golpe ainda mais profundo foi dado pelo evolucionismo moderno, propondo que tanto o Sábado como o próprio Criador do Sábado não passam de entidades mitológicas.
Significativos esforços vêm sendo feitos para revitalizar a observância do Domingo no mundo contemporâneo. Por exemplo, o Papa João Paulo II publicou, em 1998, a sua Carta Apostólica “Dies Domini”, apelando ao clero e aos fiéis da Igreja Católica para enaltecerem mais intencionalmente a santificação do Domingo. Em 2005, foi estabelecida nos Estados Unidos a “Comissão dos Dez Mandamentos”, formada por influentes líderes religiosos judaicos e cristãos. Desde o dia 7 de Maio de 2006, o primeiro “Domingo” de Maio de cada ano tem sido comemorado naquele país como o Dia dos Dez Mandamentos. Em ambos os casos, o Domingo é visto como substituo do Sábado.
Sem dúvida, o tempo é mais do que oportuno para uma compreensão mais acurada da natureza e do significado do Sábado bíblico. Daí a pertinência deste artigo que considera o Sábado na Criação, na Redenção e no tempo do fim.
1. Na Criação.
A origem do Sábado está directamente relacionada com a obra de Deus como Criador de todas as coisas. A semana da Criação atingiu o seu clímax quando Deus descansou no sétimo dia, além de o abençoar, e santificar (Gén. 2:2,3).
Este triplo acto divino representou a instituição do Sábado para os seres humanos (Mar. 2:27). Karl Barth sugere que “a clara inferência é que a Criação, e supremamente o homem, descansou com Deus no sétimo dia e participou da Sua liberdade, descanso e alegria, mesmo não tendo ainda realizado nenhum trabalho que tivesse de cessar. E a sua liberdade, descanso e alegria no Sábado podiam apenas observar a obra de Deus e não a sua própria”.
De acordo com o quarto mandamento do Decálogo, o Sábado deve ser observado “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de Sábado e o santificou” (Êx. 20:11). Na epístola aos Hebreus, o descanso divino “no sétimo dia” da semana da Criação é mantido como modelo para os cristãos (ver Heb. 4:4-11). Portanto, a alegação papal de que “o preceito do Sábado…na primeira Aliança” é simplesmente insustentável. O próprio mandamento divino define que “o sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus” (Êx. 20:10).
Embora os mestres do judaísmo revestissem o Sábado de um formalismo legatístico antibíblico, a verdadeira observância do Sábado é o Maio antídoto contra o legalismo.
Comentando o primeiro Sábado na existência de Adão e Eva, Sakae Kubo menciona que “eles descansaram, não por causa de algo que tinham feito, mas porque Deus tinha finalizado a Sua obra. Não podiam aprestar qualquer coisa que eles tivessem feito. Tudo o que podiam fazer era ver o que Deus tinha feito por eles. Consequentemente, eles aproximaram-se do Sábado de mãos vazias de qualquer mérito humano”.
Observando o Sábado, somos levados a reconhecer Deus como o nosso Criador, a nós mesmos como as Suas criaturas; e a deixar de lado os nosos “próprios interesses” (Isa. 58:13) para confiar nas obras de Deus. Ellen White declara: “Se o Sábado tivesse sido guardado universalmente, os pensamentos e afectos dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objecto de reverência e culto, e nunca terá havido um idólatra, um ateu, ou um infiel. A guarda do Sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, `Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas´”.
2. Na Redenção.
A entrada do pecado no mundo gerou uma realidade antagónica aos ideais divinos. Deus, porém, estabeleceu um plano destinado a reverter essa realidade. O Sábado, que já era um símbolo da Sua obra criadora Deus, tornou-se também um símbolo da Sua obra redentora. Este significado adicional do Sábado é evidente em pelo menos três importantes momentos da história da salvação. O primeiro deles foi a dádiva do maná durante seis dias da semana e o milagre da sua preservação durante o Sábado (Êx. 16:22-24). Nesse incidente, o alimento era provido e preservado pela actuação divina, sem méritos humanos.
Outro importante momento foi a própria enunciação da Lei no Sinai (ver Êxodo 19 e 20), que ocorreu num “contexto de graça”, precedido pela eleição de Israel (Deut. 6:6-8). Libertação da escravidão egípcia. Em Êxodo 20, o Decálogo é introduzido pela declaração da graça salvadora de Deus. “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão” (v.2). Em Deuteronómio 5, a mesma graça salvadora é incorporada ao próprio mandamento do Sábado: “porque te lembrarás que foste servo na terra do Egipto e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de Sábado” (v. 15).
Qualquer tentativa de inserir o Decálogo e o Sábado numa moldura legalista é desonesta para com o texto bíblico. Gerhard von Rad esclarece que “é impossível, pois, considerar os mandamentos do Deuteronómio como uma “lei”, no sentido teológico, que leve Israel a merecer a salvação pela observação global das exigências divinas. Os mandamentos do Deuteronómio são antes uma grande explicação do mandamento do amor por Javé e de apego exclusivo a Ele (Deut. 6:4). Esse amor é a resposta de Israel ao amor divino que lhe foi testemunhado”.
O terceiro importante momento que associa o Sábado com a obra de redenção é o supremo evento da paixão de Cristo. Durante o Seu ministério terrestre, Jesus não apenas frequentava a sinagoga no Sábado (Luc. 4:16), mas também procurava restaurar a verdadeira observância do Sábado como expressão da graça redentora de Deus, afirmando ser”lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mat. 12:12). Esse processo atingiu o seu clímax quando Ele descansou na sepultura no fim da semana da paixão. Assim como no princípio Ele tinha repousado “no Sábado após a Sua obra de criação”, Ele descansou outra vez no Sábado “da obra de redenção”. Seguindo o Seu exemplo, também os discípulos, “no Sábado, descansaram, segundo o mandamento” (Luc. 23:56).
Um dos argumentos mais usados para justificar a observância do Domingo é que a ressurreição de Cristo no “primeiro dia da semana” (Mat. 28:1; Mar. 16:1,2; Luc. 24:1; João 20:1) transformou esse dia num substituto do Sábado bíblico do sétimo dia. Mas a observância do Domingo não possui nenhuma base bíblica, e desrespeita a obra criadora e redentora de Deus, da qual apenas o Sábado é um símbolo.
A alegação de que a Bíblia favorece o princípio da observância de um dia em sete, independente de qual seja esse dia, está baseada numa releitura equivocada das Escrituras. Como já mencionado, o mandamento do Sábado estabelece especificamente que “o sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus” (Êx. 20:10). Portanto, o conflito ente o Sábado e o Domingo é, em última instância, uma disputa entre a autoridade de Deus e as pretensões humanas.
3. No tempo do fim.
O livro do profeta Daniel descreve um poder apóstata que desrespeitaria a autoridade do Altíssimo, deitando “por terra a verdade” e cuidando “em mudar os tempos e a lei” (Dan. 7:25; 8:12). Cristo referiu-Se à actuação desse poder como ainda futura, nos Seus dias (Mat. 24:15). Em contraste, Daniel 8:13,14 declara que, no fim das 2300 tardes e manhãs, surgiria um movimento de restauração da verdade. Nesse processo, seria de fundamental importância a proclamação da primeira mensagem angélica de Apocalipse 14: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (vs. 6,7).
O conteúdo desta mensagem angélica enaltece Deus como Criador (Aquele que fez”) e Redentor (“evangelho eterno”). A expressão “fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc. 14:7) é extraída do quarto mandamento do Decálogo, onde é dito que “fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx. 20:11; cf. Sal. 146:6).
De acordo com com Jon Paulien, a “atenção ao mandamento do Sábado é, portanto, a resposta que Deus busca dos Seus fiéis seguidores”. O povo remanescente de Deus é descrito na terceira mensagem angélica como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apoc. 14:12).
Identificando “os mandamentos de Deus” com o Decálogo (Êx. 20:3-17), Simon J. Kistemarker afirma que “a Lei de Deus perdura ao longo das eras; não necessita de ser emendada; é relevante para todas as culturas; e jamais será repudiada”. Evidentemente, a restauração da verdade no tempo do fim envolve também a restauração do quarto mandamento, que ordena a observância do “Sábado do Senhor, teu Deus” (Êx. 20:10). À semelhança do antigo Israel, o povo de Deus ainda hoje necessita de ser “reparador de brechas e restaurador de veredas” com respeito à observância do Sábado (Isa. 58:12-14).
Em Hebreus 4:4-11, o descanso de Deus no sétimo dia da Criação (Gén. 2:2,3; cf. Êx. 20:8-11) é mantido como modelo para os cristãos. Um estudo detido desse “repouso” (grego sabbatismós), no qual o “povo de Deus” deve entrar (v.9), revela ser o descanso da justificação pela fé, do qual o Sábado é um sinal. E o apelo de Hebreus 4:11 é: “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, seguindo o mesmo exemplo de desobediência.”
Conclusão – O Sábado é uma instituição divina estabelecida para os seres humanos no fim da semana da Criação. Transportando os séculos, ele chega até nós como um santuário no tempo, revelando e mostrando Deus como nosso Criador e Redentor. A despeito de todas as tentativas de revesti-lo com uma roupagem legalística, o Sábado bíblico enfatiza sempre as graciosas obras de Deus, e nãos os méritos humanos. Observando-o em conformidade com os mandamentos divinos, reconhecemos que os caminhos de Deus, embora nem sempre sejam os mais fáceis, são sempre melhores do que os nossos próprios caminhos. Sem dúvida, “o Sábado é um elo de ouro que liga Deus ao Seu povo”.
Deus espera que, nestes últimos dias da história humana, cada Adventista do Sétimo Dia não apenas creia no Sábado bíblico e o observe, mas também o proclame ao maior número possível de pessoas. Em Isaías 58:13 e 14, a promessa divina a todos os observadores do Sábado é: “Se desviares o pé de profanar o Sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao Sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacob, teu pai, porque a boca do Senhor o disse.”
Dr. Alberto R. Timm