26 de março de 2010

O AMOR É UMA CERTEZA

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” Mateus 22:37

Íris Murdoch, disse: “Há no amor o dom de uma certeza.”

Amar implica saber quem se ama. Ou seja, não se pode amar o desconhecido. Jesus porém ordena “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração...”. Será que conhecemos Deus?

Experimentamos no coração muitos sentimentos, mas um só deve gerir a nossa relação com Deus: o amor.

Meditemos nalguns sentimentos que impedem que sintamos um calmo e puro amor por Deus:

a) O medo: “O medo do perigo é mil vezes pior do que o perigo real.” Daniel Defoe.

O medo é uma atitude frequente perante o futuro. A palavra futuro assusta muita gente que quer conhecer o amanhã e para tanto, não perde nenhuma revista ou jornal que traga futurologia ou horóscopos.

O cristão que nutre em relação ao futuro uma atitude de mistério e de medo, pode acreditar que o Diabo fará tudo para continuar a alimentar esse sentimento. Porque este impede o amor a Deus.

b) O fanatismo: Foram os fanáticos judeus que mais fizeram sofrer Jesus e os crentes primitivos. O fanatismo é o sentimento de bem fazer para agradar a Deus. São como aqueles empregados que, zelosamente, cumprem as ordens do patrão e simultaneamente vigiam os colegas para se vangloriarem diante do chefe, criticando os outros.

c) O interesse: Naturalmente que todo o crente deve apresentar-se diante de Deus com as suas necessidades, e Ele certamente a todas suprirá. Mas quando falamos de interesse é no sentido de tratar Deus como se Ele fosse um comerciante, com quem é preciso regatear e vigiar se é fiel na retribuição.

Não há nada melhor do que, depois de termos intercedido junto de Deus, nos levantarmos confiantes no Seu amor, misericórdia e justiça.

d) A culpabilidade: Quantos crentes não conseguem viver uma vida de libertação? Caminham com a cabeça baixa, remoendo um sentimento de culpabilidade que se transforma em neurose. Fomos e somos diariamente purificados pelo sangue de Jesus. É inadmissível viver com o peso da culpabilidade.

e) O orgulho: Ele é sem sombra de dúvida um terrível obstáculo na nossa relação com Deus e com os homens. O orgulho foi a ruína de Lúcifer e de miríades de anjos e também da raça humana.

Deus não suporta o orgulho. Todo o verdadeiro crente tem experimentado na sua vida pessoal que as dificuldades o levam aos pés de Jesus e que a força que d’Ele recebe é a humildade. Mas o orgulho, incha-nos. Deus não é o primeiro mas o último na nossa vida.

“O louvor e o agradecimento deveriam exprimir-se por cânticos. Quando somos tentados, em vez de dar expressão aos nossos sentimentos, entoemos pela fé um cântico de louvor a Deus.” Saúde do Espírito, p. 108, E. G. White.